segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Perdemos só uma Batalha, mas a Guerra não!

Era aquele jogo que não podíamos perder. Não podia haver árbitro nem relvado que nos parasse. Se tivesse que ser jogado em cimento em vez daquele lamaçal, também seria para ganhar! Não que decidisse alguma coisa, mas apenas porque perder para aqueles é dar-lhes uma alegria imensa que nenhum portista gosta de lhes dar! Se é ali que a vitória sabe melhor, também é ali que a derrota nos custa mais a engolir. Se perder nunca é bom, ali é indescritivelmente mau. Mas perdemos, e não gostamos! Não tanto pela derrota em si, mas pela falta de garra, falta de atitude, falta de futebol. Se cada um dos jogadores passasse o que os adeptos passaram para ir assistir ao jogo, talvez tivessem outra atitude... mais raça! Vontade indescritível de vencer! Nós não vamos de autocarro até dentro do estádio... vamos a pé, à chuva e ao frio. Esperamos horas para entrar e horas para sair, chegamos a casa tarde e no dia seguinte não estamos de férias natalícias...

Quanto ao jogo, o Porto apresentou-se com onze jogadores, mas nem todos jogaram... Duas surpresas/invenções do Professor, ao deixar Belluschi e Varela no banco e apostar em Guarin e Hulk. A entrada em jogo até foi animadora, a dar entender que iríamos ter Porto, mas foi só fogo de vista... nem 5 minutos e o Porto desapareceu. Deixamos o adversário jogar, sem pressionar e a correr menos do que eles. Voltamos a não conseguir sequer trocar a bola mais do que 2 ou 3 passes seguidos e os lances individuais foram uma miséria. Remates na primeira parte apenas 2... péssimo! O golo advinhava-se, mas na nossa baliza, apesar de a maioria dos remates irem para fora... lá conseguem chegar ao golo. Irregular, como se pode ver no vídeo em baixo, mas golo. Atabalhoamento na defesa, aliviar para o meio e Helton desprevenido, mais preocupado em dar uma de médico do que em se concentrar no jogo...e estava feito. Os erros pagam-se caro. Havia que reagir e rápido, mas a apatia manteve-se na equipa. Tal como Jesualdo sempre sentadinho no banco, afinal estava tudo bem.

A segunda parte arrancou e esperava-se outra atitude. Guarin ficou no balneário (afinal o que acontece sempre quando está a perder) e entrou Varela. A equipa pareceu melhor, mas a continuar no nível mau... Varela trouxe algo mais mas pouco. Desta segunda parte apenas registo para o pouco que o Porto fez... remate de Álvaro Pereira e outro de Meireles. Muito pouco para quem tinha que vencer e nota ainda para os últimos 10 minutos em que quase não se jogou, faltas sucessivas e jogadores no chão. Era neste período que o Porto devia ir para cima deles que nem cães, mas esse tempo já lá vai...

No meio de tudo isto, apenas me espantou aquela euforia e histeria pela vitória por 1-0 que só tem justificação, certamente, por nos acharem um grande europeu e não é todos os dias que se consegue ganhar, tanto mais que a última vitória já tinha sido há 5 anos...


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Fernando: dos mais atinados no meio campo. Um bombeiro sozinho não chega para acudir a todos os fogos.
Varela: não se compreende como o actual melhor jogador do Porto fica no banco. Foi dos poucos capazes de levar a equipa para a frente.


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Hulk: voltou a ser incrivelmente mau. O pior jogo ao serviço do Porto. Sempre inconsequente nas jogadas e disparatado no remate.
Jesualdo: voltou a mostrar que não é treinador para jogos grandes. Raramente os ganha, mostra medo colocando em campo Guarins e por vezes Tomas Costas em detrimento de criativos. O resultado é sempre o mesmo, quando está a perder tira-os e acaba por nunca conseguir virar as coisas. Sempre, mas SEMPRE sentado no banco, sem atitude como a equipa...


Perdemos apenas um jogo (que para nós é sempre mais do que isso) e só estamos a 4 pontos nesta "guerra" que é o campeonato. Há muito por jogar e um PENTA para ganhar. Juntos chegaremos lá. Com muito crer e raça tudo será mais fácil.
Força Porto!


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