quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Comandante do TETRA

Se existe alguém que, domingo, merecia estar na festa do TETRA, esse alguém é Lucho Gonzalez. De certo que irá lá estar, mas merecia estar em campo, a jogar! E bem, como sempre o fez nestes quatro anos. Creio que, até sofrer esta recente e complicada lesão, desde que cá chegou em 2005, falhou apenas 8 jogos nos 4 campeonatos, e metade desses jogos devido a lesão.
Algo que evidencia a sua importância no comando da equipa.




Lucho representa o típico "chegar, ver e vencer".


Chegou (em voo comercial e não de jacto privado), desconhecido, sem grandes créditos de estrela e sem os holofotes que se vêem noutras paragens. Vindo do River Plate, onde jogou entre 2002 e 2005 (99 jogos e 19 golos), tendo conquistado por duas vezes o Torneio de Clausura.

Viu o que era o Porto quando cá chegou. Nunca disse que vinha para o melhor clube do mundo (ainda não sabia), nem nunca falou antes de uma realidade que apenas conhecia lá de longe, do outro lado do oceano. Longas entrevistas, como outros... nem antes, nem depois. No Porto é diferente. Apercebeu-se disso certamente. Vindo de um país, cultura e campeonato diferentes, sem grandes problemas adaptou-se à(s) nova(s) realidade(s). Rapidamente a sua postura, empenho e dedicação permitiram que atingisse o estatuto que hoje em dia tem no clube. Nunca precisou de ser "chegador", de acenar para a bancada, ou de bajular os "da casa" para se impor na equipa e no balneário. Pelo seu mérito, espírito e carácter chegou ao restrito leque de capitães de equipa. E não é fácil, neste clube, um estrangeiro atingir este estatuto. Conquistou a plateia do Dragão e até os rendidos adversários lhe atribuem mérito.

Vence, como poucos. Ao fim de 4 anos em Portugal, outros tantos campeonatos! Um feito para o qual contribuiu bastante, quem sabe se não é mesmo a figura central deste anunciado TETRA. Aos campeonatos conquistados juntam-se ainda, e até ao momento, uma Taça de Portugal e uma Supertaça, bem como belas campanhas na Liga dos Campeões.


Um senhor jogador de corpo esguio, com passada larga e fineza técnica. Levanta a cabeça e do alto do seu 1,85m lê o jogo com visão de pássaro. Conhece todos os caminhos, auto-estradas e atalhos do meio campo, defendendo e atacando com a mesma eficácia, no centro ou nas alas. No que respeita aos golos, também deixa sempre a sua marca, tendo apontado uma média de 10 golos por época desde que chegou. Golos, cuja forma de festejar lhe valeram a alcunha de COMANDANTE, que humildemente rejeita.

Obrigado por mais um título. Que assistas à festa descansado porque o TETRA está à vista, Capitão!

2 comentários:

  1. Realmente tem sido um jogador com um papel extremamente importante na equipa do FC Porto nestes últimos anos.

    De salientar, como o Pedro referiu no seu post, a postura discreta e profissional deste atleta.

    Mas tendo em conta a sua qualidade enquanto jogador assim como líder dentro, e se calhar também fora de campo leva a que não necessite de qualquer manifestação de "exibicionismo" ou protagonismo forçado pois mesmo, se calhar não querendo, já o obtém quando se reconhece o valor de Lucho González.

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  2. Parabéns.
    Eu que sou um suspeito neste blog, fiquei imensamente feliz por este reconhecimento.
    O Lucho é como jogador e como homem um exemplo para muitos que irão representar o nosso clube.
    Para ele também os PARABÉNS de um fã incondicional e já agora um até breve.
    Força POR................TO................

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